sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

BLOGS SOBRE ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS

BLOGS SOBRE ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS:
  • http://blog.maisestudo.com.br/atividades-voluntarias/
  • http://tresilhasilheos.blogspot.com/2011/09/projeto-inclui-no-curriculo-escolar.html








Esse não costuma ser um assunto muito comentado, por isso poucas pessoas sabem que participar de atividades voluntárias é muito fácil, faz bem e ainda ajuda a conseguir um estágio ou emprego.
Qualquer um pode ser voluntário e existem várias atuações possíveis. Quem gosta de ter contato com pessoas pode ajudar, por exemplo, entidades que cuidam de crianças carentes, crianças com câncer, adultos com alguma deficiência, idosos, enfim. Os voluntários visitam  e conversam com essas pessoas.
ATIVIDADES VOLUNTÁRIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE REALIZADAS POR UM GRUPO
DE ESTUDANTES DE SAÚDE EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA.
Rita de Cássia Cordeiro Bastos Leite dos Anjos*, Vita Guimarães Mongiovi**, Liana Chaves***
Introdução: As primeiras práticas sistematizadas de educação em saúde começaram em 1904, com a
campanha contra a febre-amarela desenvolvida pelo médico bacteriologista Oswaldo cruz, com a
finalidade de alertar as classes desfavorecidas sobre a epidemia da doença. A educação em saúde
consistia na implantação rigorosa de medidas de saneamento, intimação da população quanto ao
desenvolvimento de práticas higienistas e vacinação obrigatória, a fim de evitar a propagação desta
patologia (Fundação Oswaldo Cruz, 2005). Em 1920 houve a fundação do Departamento Nacional de
Saúde (DNS) que realizava serviços e campanhas direcionadas para o controle de doenças. Somente em
1953,com a lei no 1.920 fundou-se o Ministério da Saúde, que desenvolvia dentre suas demais funções,
ações preventivas em geral (Ministério da Saúde, 2009). Desde a década de 40, observava-se a
importância do envolvimento do cidadão como participante ativo do processo de educação em saúde,
porém apenas realizavam-se ações preventivas caracterizadas pela disseminação de informações de forma
vertical limitando-se a publicação de folhetos e artigos de propaganda sanitária. Na década de 60
intensificou-se a idéia de interação popular com o surgimento da medicina comunitária. Entretanto houve
o fortalecimento da medicina curativa devido ao Regime Militar que sufocou as práticas preventivas e
conseqüentemente o campo educativo em saúde (Alves,2005). Visando romper com o autoritarismo
proveniente do Regime, surgiram movimentos sociais compostos por intelectuais e populares, dando
origem ao movimento de Educação Popular em Saúde, baseado nas propostas pedagógicas de Paulo
Freire (Alves,2005). O movimento de Educação Popular em Saúde despertou o caráter educativo dos
profissionais, estimulando sua interação com a comunidade envolvida no processo de saúde-doença.
Dessa forma possibilitou a construção de um modelo de saúde baseado na troca de informações,
considerando os aspectos culturais e conhecimentos prévios da população. Sendo capaz de transformar o
individuo num participante crítico envolvido ativamente nas ações de promoção de saúde e prevenção de
doenças em sua comunidade (Vasconcelos, 2007). Fundamentado no modelo de educação em saúde,
fundou-se um grupo de ação social denominado Projeto Desenvolver, como iniciativa de estudantes da
área de saúde da Escola Pernambucana de Saúde – EPS, objetivando a propagação de conhecimentos à
cerca da promoção da saúde e prevenção de doenças a partir de reflexão conjunta com usuários de
*Graduanda em enfermagem – Escola Pernambucana de Saúde; ritacbastos@gmail.com
** Graduanda em enfermagem – Escola Pernambucana de Saúde
***Tutora da prática comunitária – Escola Pernambucana de Saúde 131
Unidades de Saúde da Família (USF) da cidade do Recife, sob perspectivas de voluntariado. Enquanto
acadêmico da área de saúde adquire-se o saber científico necessário para respaldar o repasse das
informações adequadas sobre práticas de higiene, patologias recorrentes na esfera de estudo, fatores e
agravantes ambientais, além de permitir reflexões quanto ao desenvolvimento da saúde na vivência em
comunidade. Objetivo Geral: Apresentar um formato de ações voluntárias desenvolvidas por educandos
da área de saúde na promoção da Educação em Saúde para usuários de USF.Objetivos específicos: -
Estimular estudantes de saúde a desenvolverem práticas/atividades educativas com a população; -
Incentivar o repasse do conhecimento em saúde pela população assistida aos demais participantes da
comunidade; - Despertar reflexão de estudantes e da população em geral para atividades de manutenção
da saúde na comunidade. - Promover o desenvolvimento de habilidades pedagógicas do educando
envolvido no processo de educação popular. Metodologia: A realização deste trabalho envolveu a revisão
de literatura concernente à Promoção da Saúde e atividades de Educação em Saúde, fundamentando o
relato de uma experiência. A partir das vivências enquanto participante de um grupo de ação social com
finalidades de Educação em Saúde, desenvolveu-se um relato da experiência vivida em atividades
realizadas com usuários de USF. As atividades surgiram a partir de reuniões norteadoras do grupo sobre
as formas de abordagem, com planejamento das ações voltadas à cada público específico. Em seguida,
realizaram-se as ações na forma de palestras, discussões, trabalhos manuais, jogos, teatro, com finalidades
educativas. Aspectos éticos: Esse estudo foi configurado num modelo de relato de experiência,
empregando-se as ações educativas apenas em indivíduos já participantes das atividades de USF,
dispensando a utilização de cadastros ou dados de identificação. Resultados: Foram realizadas ações de
caráter voluntário com finalidades educativas para a população usuária de USF, no intuito de transmitir
conhecimentos na promoção da saúde e prevenção de doenças e estimular reflexões sobre temas em
saúde. Na tentativa de moldar-se às necessidades da população, somente desenvolveram-se as atividades
em conformidade com as demandas de cada público específico. Dessa forma adequaram-se as ações,
respeitando as capacidades físicas, psicológicas, capacidade de interação com o grupo. No processo de
educação, buscou-se repassar as informações necessárias de forma acessível ao público destinado,
utilizando-se de linguagens simples e métodos dinâmicos para a explanação do conteúdo. As atividades
estiveram configuradas num formato de apresentações explicativas como palestras e discussões
elucidativas, até atividades mais informais como teatro, jogos de perguntas-respostas e trabalhos manuais.
Conclusões: Observou-se a partir da interação com o público a necessidade de discussão e despertar da
consciência para questões básicas no que se refere à saúde. Estes questionamentos, somente, reforçam a
*Graduanda em enfermagem – Escola Pernambucana de Saúde; ritacbastos@gmail.com
** Graduanda em enfermagem – Escola Pernambucana de Saúde
***Tutora da prática comunitária – Escola Pernambucana de Saúde 132
importância do repasse de conhecimento aplicado de forma simples e esclarecedora, favorecendo uma
boa aquisição do conteúdo. Ações com finalidade educativa colaboram para o aprendizado da população à
respeito do processo saúde/doença, bem como o entendimento da integralidade das ações no contexto da
saúde coletiva. Ao convocar a sociedade para a participação ativa e crítica nas questões de saúde, ampliase
seu comprometimento como co-responsáveis na manutenção da saúde da comunidade em que estão
inseridos. Por outro lado, percebe-se a importância da interação do estudante no processo de Educação em
Saúde como forma de conscientização própria, ou seja, o despertar crítico para aspectos sociais e trocas
de experiências com a população assistida. Além da conscientização do estudante de saúde, a realização
de ações educativas promove o desenvolvimento de habilidades pedagógicas, favorecendo a construção
de um profissional ativo também na prática educacional. Contribuições/implicações para a
enfermagem: Esse estudo faz-se relevante no estímulo aos estudantes e profissionais de enfermagem
quanto à realização de atividades com finalidades educativas em saúde às populações usuárias de USF.
Além de favorecer o desenvolvimento de habilidades pedagógicas, para a construção de um profissional
de saúde ativo também na prática educacional. No que se refere às contribuições sociais, sendo as USF
instituições de atenção básica e de assistência em saúde coletiva, afirma-se a importância de ações
educativas como forma de conscientização social e multiplicação do conhecimento em saúde,
contribuindo para o estabelecimento de comunidades saudáveis.
Referências:
1. Albuquerque PC, Stotz EN. A educação popular na atenção básica à saúde do município: em busca da
integralidade. Interface – Comunic, Saúde, Educ, mar/ago.2004 [acesso em 2009 maio 19]; 8(15):(aprox.
15 p.). Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832004000200006;
2. Alves, V.S. Um modelo de educação em saúde para o programa saúde da família: pela integridade da
atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface – Comunic, Saúde, Educ, set.2004/fev.2005
[acesso em 2009 maio 19];9(16): (aprox.13 p.).Disponível em:
www.scielo.br/pdf/icse/v9n16/v9n16a04.pdf;
3. Fundação Oswaldo Cruz. Histórico. 2005 [acesso em 2009 jun 08]. Disponível em:
http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1084&sid=194 ;
*Graduanda em enfermagem – Escola Pernambucana de Saúde; ritacbastos@gmail.com
** Graduanda em enfermagem – Escola Pernambucana de Saúde
***Tutora da prática comunitária – Escola Pernambucana de Saúde